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A Copel
identificou mais de 10 mil fraudes de energia nos oito primeiros meses deste
ano no Paraná, e recuperou R$ 7,5 milhões referentes a energia consumida de
modo fraudulento. Empresas atendidas em alta tensão respondem por 10% do total
desviado.
As iniciativas da
Copel para coibir o furto de energia contribuíram
para recuperar 27,7 milhões de kWh (quilowatts-hora) até o mês de agosto. O
valor equivale ao consumo mensal da cidade de Arapongas, que possui 115 mil
habitantes e um grande polo industrial.
Uma das ações
realizadas neste primeiro semestre foi a operação Quilowatt-Hora, deflagrada pela
Polícia Civil em parceria com a Copel para identificar fraudes em empresas no
oeste do Estado. Somente a primeira etapa da operação indicou desvios
superiores a R$ 1 milhão.
Eficiência para identificar
Para identificar
as fraudes, a Copel investe em tecnologia e equipes especializadas. Com
equipamentos que apontam fraudes ocultas em medidores ou que coíbem ligações
clandestinas, a Companhia realizou 36 mil inspeções em 2015 até agosto. Na
prática, os técnicos encontram em média uma fraude a cada quatro inspeções
realizadas.
“O crescimento
no número de autuações por inspeção realizada se deve principalmente à
preparação de nossas equipes e aos aparelhos e sistemas tecnológicos que nos
ajudam a identificar as localidades com maior risco de haver fraude”, explica o
gerente de perdas não técnicas da Copel, Eduardo Ditzel Neto. “Não foi o número
de fraudes que aumentou, e sim a nossa eficiência em busca dos fraudadores”.
Nos casos mais
complexos, entra em cena a equipe do Centro de Operações Policiais Especiais
(COPE) da Polícia Civil, responsável pelas operações de abordagem e apreensão de
equipamentos utilizados no furto de energia. O furto se dá por meio de ligações
fraudulentas feitas diretamente na rede elétrica e, principalmente, com a adulteração
dos medidores para que registrem um consumo menor de energia.
“Encontramos
casos de fraudes em residências, comércios e indústrias. Furtar energia é
crime, previsto no artigo 155 do Código Penal, e injusto com os demais
consumidores, que pagam suas contas regularmente. É nossa responsabilidade
coibi-la”, ressalta Eduardo.
Acidentes fatais
Além de ser
crime, o furto de energia sobrecarrega a rede elétrica – prejudicando o
fornecimento de energia – e causa acidentes fatais. O risco de acidentes decorre
da falta de padronização e de proteção adequada das ligações ilegais, que muitas
vezes deixam os cabos de energia expostos.
As ligações
clandestinas representam a segunda maior causa de mortes com eletricidade no
Brasil, atrás apenas de acidentes fatais na construção e manutenção predial.
Para combater as fraudes, a população também pode ajudar, realizando denúncias
pelo telefone 0800 51 00 116.
Fonte: Copel