Prefeiturável falou
sobre as propostas nos movimentos sociais e na sociedade civil organizada.
Leandro ressaltou importância da participação do PPL
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O Jornal da Manhã e o portal aRede
seguem com a série de entrevistas com os prefeituráveis em Ponta Grossa.
Leandro Soares Machado (PPL) foi o entrevistado nessa sexta-feira (02) e falou sobre os
projetos para a disputa. O candidato lidera uma chapa pura composta pelo
partido fundado em 2009 – a vice de Leandro, Adriane Lopes, também é filiada ao
PPL. Leandro falou sobre a experiência nos movimentos sociais e lembrou que
pretende discutir os principais problemas da cidade.
Assista o vídeo da entrevista
Jornal da Manhã: O
que te motiva a participar do cargo de prefeito?
Leandro Soares Machado: A minha participação na vida política partidária surgiu em 2015
quando entrei no partido. Me afeiçoei com o Partido Pátria Livre (PPL) e vesti
a camisa. Filiamos mais de 130 pessoas em Ponta Grossa, no começo o processo
foi difícil mas em 2016 assumi a presidência da legenda e também passei a
integrar a Executiva Estadual da legenda. A minha motivação veio da indignação
diante da corrupção – isso se instalou no Poder Público e o jovem pode combater
isso, discutindo a cidade. Foi por isso que aceitei o convite e assumi o
compromisso de discutir a cidade.
JM: Como Está sendo
a participação popular na sua campanha?
Leandro: Eu participo de movimentos sociais e conselhos desde 2012. Sou
coordenador da Federação Brasileira de Direitos Humanos, vice-presidente do
Conselho Municipal de Saúde e presidente da associação de moradores. Dessa
trajetória surgiram nossas 54 propostas e foi dessa caminhada como cidadão e
membro da comunidade que tive a motivação necessária para disputar o pleito.
Estou aqui para representar uma faceta da comunidade que está invisível para o
Poder Público.
JM: Essa é sua
primeira disputa para um cargo eletivo. Você tem experiência para disputar o
cargo de prefeito?
Leandro: A preparação para uma vida é contínua. Hoje tenho 25 anos e tenho
experiência com a comunidade, por viver no dia a dia. Tenho sim capacidade e
conto com a parceria da comunidade para fazer na gestão comunitária. Não
adianta o ente público ser altamente capacitado e não trabalhar com os membros
da comunidade, somente os moradores e cidadãos mais simples sabem o que a
comunidade necessita.
JM: O que o PPL
propõe para o combate à corrupção?
Leandro: Nosso governo não terá escândalos de corrupção. Toda má fé praticada por
um ente público será penalizada – o agente será afastado imediatamente do
cargo. Atualmente até que se comprove se o agente cometeu ou não um ato
ilícito, o próprio funcionário público pode ocultar provas e dificultar o
trabalho do Poder Judiciário.
JM: Quais são os
maiores anseios da comunidade?
Leandro: Algumas pessoas me elogiam e veem em mim, um jovem de 25 anos, uma
esperança. Os moradores tem reclamado do descaso do Poder Público com a
comunidade. Hoje os gestores criam uma série de normas, obras e leis que não
correspondem as reais necessidades do povo e, quando criam projetos do tipo,
essas iniciativas acabam se estendendo, como é o caso da Arena Multiuso. Obra
que sabemos a finalidade, mas está longe de ser entregue. Nosso objetivo no
Governo é ter uma proposta de ação: colher as reinvindicações para melhorar o
bem-estar dos moradores. A comunidade reclama de vários setores e temos
propostas que vão de encontro a esses anseios.
JM: Qual é sua
proposta para a segurança pública?
Leandro: Eu participei do Conselho Comunitário de Segurança e lá eles dialogavam
sobre o assunto. A partir do diálogo com a comunidade, os conselheiros debatiam
o tema. Quando saímos da nossa casa, ela fica sozinha e nossos vizinhos podem
ajudar nisso – por isso incentivo a criação de grupos de WhatsApp para isso.
Hoje temos uma Guarda Municipal que está muito bem equipada e queremos que essa
Guarda esteja em espaços públicos. Vamos também cobrar muito do Governo do
Estado, já que hoje faltam viaturas na guarnição. Apostamos na participação comunitária
e na atuação de uma Guarda Municipal especializada como caminhos para melhorar
nossos índices de segurança, além da cobrança junto ao Governo do Estado de
melhorias na estrutura da PM.
JM: Qual é sua
proposta para o transporte público?
Leandro: Muito se fala do transporte público, mas pouco se vive na prática. Eu
sou sim usuário do transporte coletivo, não só para trabalhar como para me
deslocar. Eu encontro várias dificuldades nos horários de pico. Minha proposta
é criar rotas alternativas para os ônibus e queremos a emancipação dos bairros,
vamos propor um anel de integração para conseguir deslocar essa movimentação.
Atualmente existem mais de 150 mil carros em Ponta Grossa e isso influi no
trânsito. Sobre o monopólio acredito que o caminho é o da emancipação: morei em
Santos e lá conheci meios alternativos de transporte. Sobre os ciclistas, hoje
não há locais específicos para eles se deslocarem. Também queremos auditar e
rever o contrato do transporte público, além de criarmos uma linha específica
para equipamentos públicos – isso vai beneficiar os servidores e moradores que
frequentam órgãos como a Prefeitura, por exemplo.
JM: Qual é a
ideologia do PPL?
Leandro: O Partido Pátria Livre (PPL) veio de uma junção de movimentos sociais.
Eu me identifiquei por causa disso – a legenda surgiu a partir de movimentos e
começou a questionar o sistema, além de apresentar soluções para esse mesmo
sistema. Tivemos coletas de assinaturas em 2010 e 2011 para criação de partido
e no Paraná elegemos o primeiro vereador em 2012. Pude acompanhar a trajetória
do partido e acabei aprendendo muito na minha vida pública – todo cidadão tem
vez e voz, ele pode ser representado, por se representar e contrariar o
sistema. Muito me questionam sobre a chapa pura, mas o PPL tem nome e
sobrenome, não somos partidos caudatário, temos ideologia. A proposta do PPL é
muito simples: um partido em que todo cidadão tenha vez e voz.
Perfil
Leandro Soares tem 25 anos e é acadêmico de Publicidade e Direito. Presidente do Partido Pátria Livre (PPL) e
lembro da Executiva Estadual da legenda no Paraná, Leandro participou de
conselhos comunitários e movimentos sociais antes de se candidatar ao cargo de
prefeito - essa é a primeira disputa por cargo eletivo do prefeiturável.
Fonte: Jornal da Manhã