de 800 sopas durante a quarentena (crédito - Divulgação) |
A quarentena ocasionada pela pandemia do Coronavírus forçou o fechamento
de setores considerados não essenciais. Os restaurantes, por exemplo, foram
bastante impactados.
Em Itapejara d’Oeste, na região Sudoeste, o empresário
Guilherme Biesek teve que mudar os rumos do negócio para manter o
empreendimento funcionando.
Proprietário de dois restaurantes, ele já havia fechado um deles em dezembro de 2019. Com a Covid-19, foi forçado a fechar o segundo. Inquieto e preocupado, ele procurou formas de amenizar a crise e encontrou uma saída com a comercialização de sopas congeladas.
“[Após o decreto de fechamento] Fiquei sem chão. A primeira semana com o restaurante fechado foi difícil. Os custos para manter uma empresa aberta são altos, é preciso ter giro, que foi interrompido com a quarentena”, relembra Biesek. O empresário, então, passou a analisar outras alternativas para ter fluxo de caixa e voltou a pensar em um projeto de 2019, de sopas congeladas.
“Buscava uma ideia. As pessoas mudaram a forma de se alimentar com o isolamento social, e o inverno está chegando. Lembrei de um projeto que estava engavetado, de sopas congeladas. Sopas sem glúten, sem lactose e com vegetais orgânicos.”
O projeto foi retomado no dia 26 de março e, quatro dias depois, começou a produção de três tipos de sopa: agnolini, aipim com bacon e cabotiá com provolone.
“Em quatro semanas, vendemos 800 potes de sopa na região. A procura foi grande em outras localidades e já temos revendas em quatro municípios vizinhos. O importante foi que continuamos trabalhando e não houve demissões.”
As equipes, que atuavam em dois turnos, voltaram a trabalhar após a flexibilização do decreto municipal. Durante o dia, a estrutura do restaurante é utilizada para a produção e as entregas são feitas à noite.
Novos produtos
Além de enfrentar a turbulência causada pela Covid-19, Biesek visualiza o cenário pós-pandemia. Ele já prepara uma linha de congelados com pratos italianos e tem contado com consultorias do Sebrae/PR para planejar a produção. “Temos oito produtos congelados e testados, só aguardando a certificação e rotulagem para a comercialização. Novas sopas estão em teste, também”, completa Biesek.
Alyne Chicocki, consultora do Sebrae/PR, trabalhou com Biesek no realinhamento da empresa. Após uma reunião on-line, começou o estudo para verificar a viabilidade financeira do novo modelo.
“Trabalhamos com consultorias em finanças, precificação e negociação. Novos cenários surgiram em função da análise que fizemos em conjunto, como a abertura de mercados em municípios vizinhos, pois o empresário tinha informações seguras para traçar sua estratégia de atuação”, detalha Alyne.
Futuro
Uma das decisões já está tomada, segundo Biesek. Quando a pandemia acabar, o restaurante não voltará a servir almoços, só atenderá à noite.
“Já fui procurado por uma rede de supermercados. O trabalho com o Sebrae está sendo muito positivo, abrindo os horizontes com ideias. Agora, queremos um mercado maior”, diz. Biesek também leva muito aprendizado com a experiência. “Todos os empresários são capazes, mas muitos deixam-se levar pelo desespero. E a desistência se torna a opção mais fácil.”
Via SEBRAE/PR
Proprietário de dois restaurantes, ele já havia fechado um deles em dezembro de 2019. Com a Covid-19, foi forçado a fechar o segundo. Inquieto e preocupado, ele procurou formas de amenizar a crise e encontrou uma saída com a comercialização de sopas congeladas.
“[Após o decreto de fechamento] Fiquei sem chão. A primeira semana com o restaurante fechado foi difícil. Os custos para manter uma empresa aberta são altos, é preciso ter giro, que foi interrompido com a quarentena”, relembra Biesek. O empresário, então, passou a analisar outras alternativas para ter fluxo de caixa e voltou a pensar em um projeto de 2019, de sopas congeladas.
“Buscava uma ideia. As pessoas mudaram a forma de se alimentar com o isolamento social, e o inverno está chegando. Lembrei de um projeto que estava engavetado, de sopas congeladas. Sopas sem glúten, sem lactose e com vegetais orgânicos.”
O projeto foi retomado no dia 26 de março e, quatro dias depois, começou a produção de três tipos de sopa: agnolini, aipim com bacon e cabotiá com provolone.
“Em quatro semanas, vendemos 800 potes de sopa na região. A procura foi grande em outras localidades e já temos revendas em quatro municípios vizinhos. O importante foi que continuamos trabalhando e não houve demissões.”
As equipes, que atuavam em dois turnos, voltaram a trabalhar após a flexibilização do decreto municipal. Durante o dia, a estrutura do restaurante é utilizada para a produção e as entregas são feitas à noite.
Novos produtos
Além de enfrentar a turbulência causada pela Covid-19, Biesek visualiza o cenário pós-pandemia. Ele já prepara uma linha de congelados com pratos italianos e tem contado com consultorias do Sebrae/PR para planejar a produção. “Temos oito produtos congelados e testados, só aguardando a certificação e rotulagem para a comercialização. Novas sopas estão em teste, também”, completa Biesek.
Alyne Chicocki, consultora do Sebrae/PR, trabalhou com Biesek no realinhamento da empresa. Após uma reunião on-line, começou o estudo para verificar a viabilidade financeira do novo modelo.
“Trabalhamos com consultorias em finanças, precificação e negociação. Novos cenários surgiram em função da análise que fizemos em conjunto, como a abertura de mercados em municípios vizinhos, pois o empresário tinha informações seguras para traçar sua estratégia de atuação”, detalha Alyne.
Futuro
Uma das decisões já está tomada, segundo Biesek. Quando a pandemia acabar, o restaurante não voltará a servir almoços, só atenderá à noite.
“Já fui procurado por uma rede de supermercados. O trabalho com o Sebrae está sendo muito positivo, abrindo os horizontes com ideias. Agora, queremos um mercado maior”, diz. Biesek também leva muito aprendizado com a experiência. “Todos os empresários são capazes, mas muitos deixam-se levar pelo desespero. E a desistência se torna a opção mais fácil.”
Via SEBRAE/PR